Oficina de Arte : Respeitar é preciso!
Quando os negros vieram da África para o
Brasil como escravos, atravessaram o Oceano Atlântico numa viagem muito
difícil. As crianças choravam assustadas, por que viam a dor e o desespero dos
adultos. As mães negras, então, para acalentar suas crianças, rasgavam tiras de
pano de suas saias e faziam bonecas com elas para as crianças brincarem essas
bonecas são chamadas de Abayomi. As Abayomi são pequenas bonecas pretas, feitas
de pano e sem costuras alguma, apenas com nós ou tranças. A boneca Abayomi
valoriza a cultura africana e contribui para o reconhecimento da cultura
afrobrasileira, pois faz parte da herança cultural dos negros africanos para o
Brasil. A palavra Abayomi significa' encontro feliz, ou encontro precioso,
aquele "que trás felicidade e alegria quando você presenteia com uma
boneca Abayomi alguém, esse gesto significa que você está oferecendo o que
você tem de melhor para essa pessoa. A palavra Abayomi, do ioruba, significa
aquele que trás a felicidade e alegria quer dizer encontro precioso' abay +
encontro e omi + precioso.
Crianças aprendem a fazer boneca Abayomi
símbolo da resistência negra. ... Em um ato de afetividade para acalentar
seus filhos durante as viagens, as mães africanas rasgavam retalhos de suas
roupas e a partir deles criavam pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que
serviam como amuleto de proteção.
A artista Lena
Martins
A boneca foi criada na década de 1980, em
oficinas que Lena fazia então com comunidades do Rio de Janeiro. Lena Martins,
educadora popular e militante do Movimento de Mulheres Negras, que procurava na
arte popular um instrumento de conscientização e sociabilização.
Nascida em
1950, em São Luís do Maranhão, Lena herdou de sua mãe a paixão por retalhos,
tecidos e rendas.
Em 1958, se mudou para o Rio de Janeiro,
onde cresceu e mais tarde, se tornou artesã, fazendo roupas, sapatilhas,
bonecas de palha de milho e, também as bonecas tradicionais brasileiras, as
bruxinhas de pano. Lena fez parte do Movimento de Mulheres Negras e trabalhou
como Coordenadora de Animação Cultural no CIEP Luiz Carlos Prestes.
A artesã criou a técnica de confecção das
Bonecas Abayomi em 1987. Uma boneca negra, sem traços faciais definidos, para
que possa representar toda as etnias africanas, feita sem usar cola ou costura.
Hoje, Lena se dedica exclusivamente a fazer as bonecas Abayomi e a realizar
oficinas e exposições.
“A boneca Abayomi
valoriza a cultura africana e contribui para o reconhecimento da cultura
afro-brasileira. A palavra Abayomi significa: encontro feliz, encontro
precioso”
https://www.conexaolusofona.org/bonecas-abayomi-por-que-a-origem-romantizada-dura-mais/
A Educação é vista como uma chave
importante para transformar o racismo estrutural e cultural. Além de uma
formação com olhar para a diversidade, a escola pode contribuir muito para
valorização da história e cultura africana e afro-brasileiras – apagadas das
páginas dos livros didáticos. “As crianças negras aprendem sobre diversas
culturas [na escola]. Elas precisam também aprender sobre aquelas que são mais
próximas delas. Dessa forma fica mais fácil valorizar a identidade de cada um”,
diz Larissa Reis, pedagoga, editora do Museu Virtual de Contos Africanos e
Itan (MUCAI), mestra e doutoranda em Educação e Contemporaneidade na
Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
Foram realizadas
várias atividades de reflexão com nossos alunos desde roda de conversa
socialização, atividades complementares tais como música, textos e a oficina de
arte na construção das bonecas abayomi e a origem da cultura afrodescendente no
Brasil. Assim desenvolvendo essas atividades com a proposta e o único objetivo
o da responsabilidade de proteção, cuidado, reflexão e conscientização com que
nossas crianças e jovens da nossa comunidade escolar! Porque o respeito não tem
cor ele tem consciência!!!
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