A Língua Brasileira de Sinais na Comunidade Olavo Bilac
A luta da comunidade surda em busca de acessibilidade e inclusão acontece há tempos. No ano de 2002, o governo brasileiro sancionou a Lei 10.436 que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), como forma legal de comunicação e expressão, dando direito à comunidade surda brasileira de ter sua língua reconhecida, social e legalmente, garantindo inclusive uma base jurídica para a luta pela criação de escolas bilíngues, nas quais os alunos surdos podem utilizar a LIBRAS como língua materna para a comunicação e instrução.
A LIBRAS é uma língua cuja modalidade é gestual-visual, o que permite que a comunicação seja feita através de gestos (sinais), expressões faciais e corporais. A LIBRAS, assim como qualquer outra língua, possui um alfabeto, estrutura linguística e gramatical própria, permitindo a quem faz uso da mesma, abordar qualquer assunto. É através da junção dos sinais e expressões que a comunicação se efetiva e a interação social torna-se possível, quebrando as barreiras do silêncio que impedem a inclusão social.
A LIBRAS possui suas variações linguísticas de acordo com a região do país. Portanto, da mesma forma que em outras Línguas possuem diferenças por conta do regionalismo, com a LIBRAS não é diferente.
Neste Blog temos a participação da aluna do 9°ano, Eduarda Balastrelli, surda, 15 anos, que chegou a nossa escola no ano de 2018, quando ainda cursava o 6° ano do Ensino Fundamental. Destacamos o progresso da aluna durante esses últimos anos, mesmo diante das inúmeras dificuldades enfrentadas pelas barreiras de comunicação.
Na busca por uma comunicação ainda mais eficiente com a aluna, nos deparamos com as facilidades advindas dos recursos tecnológicos, que serviram de meio para que o contato, mesmo que virtual, pudesse ser mantido nestes tempos de ensino remoto e educação híbrida.
Algumas vezes nos deparamos com situações cujas respostas não são fáceis de encontrar, mas entre acertos e erros preferimos ficar com os acertos, em meio ao incerto que estamos vivendo nestes tempos pandêmicos. Foi assim que surgiu nosso projeto, que visa incluir de forma ativa nossa aluna Eduarda, através do que ela mais gosta de fazer: utilizar as redes sociais, conhecer lugares e pessoas.
Aqui vamos divulgar algumas experiências de pesquisa, fotos de visitas, danças e culinária que são de interesse da aluna, e que podem ser de interesse de outros jovens surdos ou ouvintes. Todas as atividades realizadas são pensadas para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, digitais e cognitivas.
Comentários